quarta-feira, 15 de setembro de 2010

Muros de Pedra


Às vezes dou por mim a pensar se vale a pena andar a lutar para tentar levar a vida para a frente, e penso que seria tão mais fácil desistir, ou fugir, mas logo a seguir parece que dispara um alarme na minha mente.
Não posso, pelos meus filhos, não posso, principalmente por eles e só por eles, não posso.
E logo a seguir encho-me de força, e continuo a lutar contra tantos obstáculos , mas vou sempre andando para a frente, e se uns dias dou passos pequenos, outros dias dou passos maiores, mas vou sempre caminhando para a frente.
Também me acontece sentir um tédio e um desalento, por certas pessoas com quem me cruzo, e o que me ocorre dizer é que estou farta de pessoas pequeninas com egos enormes.Estou tão farta!
Gostava de ter uma borracha mágica para poder apagar aquilo que não gosto, mas como ainda não tenho nenhuma faço uma coisa, que talvez não seja a mais acertada, ergo muros à minha volta, muros de pedra.
São muros fortes e resistentes, e quase impenetráveis.
Não é bom! Eu sei que não é nada bom, mas não me apetece fazer de outra forma.
Espero que apareça alguém que os derrube e me tire daqui, da minha zona de conforto, da fortaleza que me rodeia, que me guarda e me mantém segura, mas que também me mantém sozinha.
Tenho algum receio de também me tornar de pedra , mas o meu coração nunca será de pedra, porque nele arde o fogo e corre o sangue de lava ardente.

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