quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Déjá vu




Sempre tive muitos "Déjá Vu", e hoje tive mais um.
É tão estranho! E hoje, quando ele estava a falar eu já estava a adivinhar o que me ia dizer, e até me adiantei.
É tudo tão previsivel! E eu só me pergunto porquê?
Porque é que há situações padrão que se repetem sucessivamente na minha vida?
São situações que já identifico claramente e que quero evitar, pois não me trazem nada de bom.
Parece uma espécie de "Karma", e se antes me deixava ir, agora assim que pressinto que algo semelhante pode acontecer fujo a sete pés e só quero evitar passar por tudo outra vez, pois sei onde isso me vai levar.
Mas não sei porque é que atraio esse tipo de pessoas/situações, e é o que me falta descobrir, pois em vez de atrair eu quero é afastar tudo o que eu sei que me faz mal.
Porque é que o que eu quero me parece fugir e o que eu não quero é precisamente o que me acontece constantemente?
Tantas perguntas sem resposta.
Será a minha mente ou o meu destino?
Já houve um tempo que eu acreditava piamente no destino e achava que nem valia a pena fugir pois ia lá cair de qualquer maneira, e isso de facto acontecia.
Mas agora eu fujo e tento evitar a todo o custo, e se for preciso utilizar algumas artimanhas eu vou utiliza-las.
Eu sei o que quero, mas também sei claramente o que não quero, e vou fazer tudo para só ter o que quero.
Agora já acredito no livre arbitreo e sei que sou eu quem decide o meu caminho, porque felizmente tenho sempre direito de escolha, e se antes escolhia o errado, agora faço tudo por escolher certo, nem que para isso tenha que ir contra a minha própria vontade.
Acredito que posso ser Feliz, e mesmo com todos os "Déjá Vu" e com as circunstancias adversas da minha vida, eu vou conseguir.
Basta-me mudar de rua.


2 comentários:

  1. Olá Ana.
    Gosto sempre de te ler. Este teu blog tem um significado muito especial para mim, sabes isso. E desta vez o que escreves é mais de ti para ti e com menos receios (sorriso).

    Essa paramnésia(ou déjà vu) que viveste continua a ser um enigma. Se fizeres uma pesquisa sobre o tema vais encontrar explicações e teorias sobre isso.
    O termo foi criado no final do séc.XIX por Boirac, filósofo e cientista, com laivos de parapsicólogo que partilhava a ideia de que isso eram reminiscência de vidas passadas, acreditando na reencarnação, perfeitamente comum na época.
    Porque isto de teorias...no plural...depois é como os gostos...não se discutem, para mim essa sensação que não me acontece com muita frequência, é um momento puramente ilusório...com tudo o que a palavra possa significar.

    Quando dizemos que sabemos o que queremos e o seu contrário isso dá-nos confiança. Mas...ao pisarmos terrenos desconhecidos que de uma forma ou de outra nos surpreendem a confiança perde força e deixamos de ser capazes da racionalidade com o nosso eu.

    Quanto à tua estrada...ela não foge. Mas como todas as estradas tem também atalhos, caminhos sinuosos, portagens, desvios,máquinas em manobras,gente que a atravessa sem pedirmos,outros a quem permitimos que a utilizem mas que se vão, entradas e saídas que muitas vezes não podemos prever. Se não lhe perderes a referência quando dela sais, a um momento ou outro, acabas sempre por lá voltar ela não se perde de ti. Todas as nossas estradas têm espaço para caminhar por ela quem quisermos convidar... para um passeio de dia ensolarado, para um chá, ou para uma viagem sem tempo.
    Abraço

    Miguel

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  2. Ana,

    belíssimo esse teu texto. A Sabedoria de Fazer Escolhas deveria ser a principal matéria a ser ensinada nas escolas (fosse possível...)!

    Gostei da forma como você conduz o raciocínio, a linha, o tema.

    E teu comentário de hoje no blog MUDE está genial!


    Abraços, flores, estrelas..

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