domingo, 14 de junho de 2009

Areia

Hoje sinto-me um monte de areia.
Um monte de areia que não tem importância nenhuma.
Ou se varre para longe ou o vento o leva.
Não faz mal, não tem importância nenhuma.
É só um monte de areia.
Porque é que eu me deixo ficar assim.
A sofrer, a consumir-me. Porquê?
Não mereço melhor sorte?
Que mal fiz eu?Porque não mudo? Porque me deixo ficar quieta, à espera.
Á espera de quê? De nada?
Talvez não, talvez esteja à espera de tudo.
Que tortura, que desespero, por me sentir assim.
Não gosto de me sentir areia.
Não gosto de me sentir ninguém.
Alguém sem importância, alguém que não merece mais.
Preciso de mudar.
Mas não consigo.
Só consigo ficar quieta a rezar para que o vento não me leve.
A rezar para ter importância.
Para ser a Tal.

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